24/12/2023

Leituras: "Uma outra volta de carrocel", de Tiziano Terzani

 "Em 1959, os comunistas chineses , sob as ordens de Mao, invadiram o Tibete, puseram a ferro e fogo os mosteiros, massacraram milhares de monges e obrigaram o Dalai Lama a fugir para a Índia. Aquele Tibete, país misterioso e independente, acabara aí. A seguir, foi colonizado, destruído e voltado a construir à maneira chinesa. Mas o mito sobreviveu. Ou antes: tornou-se o símbolo da civilização do espírito atormentado pelo materialismo comunista."

" (...) é sabido que tudo, qualquer coisa, qualquer lugar, qualquer acontecimento, possui o seu significado psíquico para além daquele que é aparente; porque a cada imagem exterior, visível, corresponde uma imagem interior, que evoca em cada um de nós uma realidade muito mais verdadeira e profunda do que a que chega até nós através dos sentidos. Deverá ser este, certamente, o sentido dos símbolos, dos mitos e das lendas - ajudam-nos a ir muito mais além, a olhar para lá do visível (...)"

"(...)O escritor inglês Somerset Maugham entrou um dia na sala onde se encontrava o Ramana e desmaiou"  (em rodapé acrescenta: Somerset Maugham referiu-se a essa ocorrência no seu livro de ensaios Pontos de vista (1958)e, a partir dessa experiência, haveria de nascer um dos seus mais famosos romances, O fio da navalha (1944)).

" Não é necessário andar à procura do que é extraordinário, quando o vulgar, se for observado como deve ser, por si só já tem imenso de surpreendente. E até de divino".

(Tradução por Pedro Sousa Pires)

Tiziano Terzani/ foto da Net


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