“Creio dever confessar que fui levado a escrever porque a literatura se revelou a única saída possível, a única realização à medida das minhas forças. Eu era – por decisão própria – um fruto seco naquilo a que se costuma chamar o mundo das realidades. Mas não que fosse incapaz. Escrever não foi para mim uma “evasão”, um meio de escapar ao quotidiano; significava pelo contrário, engolfar-me ainda mais profundamente no pântano, mergulhar até à nascente em que as águas sem cessar se renovam e aonde reinam agitação, e movimento perpétuos.”
(H. Miller, “Reflexões sobre a arte de escrever”
”Mas ninguém pode afogar-se no oceano da realidade caso voluntariamente se abandone à experiência. Se há progresso na vida ele não procede de uma adaptação mas da ousadia e da obediência aos impulsos cegos.”
(Idem)
“ A coragem de ousar, isso é, de criar a partir de uma base ínfima e frágil, contém toda a lógica do universo.”
(Idem)
“Diz Henry Miller que se alguma coisa divina há em Deus é a imaginação. Ele atreveu-se a imaginar tudo.”
( Alberto Vaz da Silva, 1968 )
Todos os textos em cima apresentados foram retirados de “Cadernos o tempo e o modo – Deus o que é?”
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